Notícias

Entrevista com o presidente da FGL

Por acreditar que a informação é a melhor saída para chegarmos ao melhoramento da nossa tradição, hoje estarei abrindo espaço para Cléber Vieira presidente da Federação Gaúcha de Laço.  Estarei fazendo algumas perguntas pertinentes com intuito de esclarecer as duvidas dos tradicionalistas.

Blog – Como surgiu a ideia de criar uma federação, uma nova entidade para promover o laço no estado do RS?
Cléber – Bem, foi dos laçadores no dia em que promovemos a cavalgada contra o decreto 60.072 que proibia levar animais para rodeios e torneios sem GTA e exame de anemia, um grupo de Gravataí já estava projetando desde 2006 esta ideia, me passaram eu gostei e lançamos.

Blog – Passados quase um ano da criação da FGL. Quais os objetivos foram alcançados? Dá para dizer que o resultado desse primeiro ano é satisfatório?
Cléber – Sim, não imaginávamos que estaríamos com tantas adesões, e com tantos apoios, inclusive políticos, estamos satisfeitos com o crescimento mas temos muito a percorrer. Pois o abandono ao realizador de rodeios e laçadores pelos políticos e entidades que se diziam representantes, era um caos.

Blog – O senhor em um ano de trabalho tem conseguido romper algumas barreiras a frente da FGL e tem conseguido captar alguns recursos e repassar para os filiados através de premiações aos eventos. Dá para dizer que esse é um diferencial da nova entidade?
Cléber – Sim nosso objetivo é este, ajudar as entidades filhadas para que possam buscar verbas, nas secretárias e ministério dos esportes, buscamos para o 1º circuito e repassamos a eles no primeiro que realizamos, que foi muito bom. A aceitação foi de 100%.

Blog – Muito se fala que a FGL vai abolir a cultura tradicionalista, a começar pela pilcha do gaúcho laçador. Nos fale sobre?
Cléber – Isto é a conversa do MTG pois não tem argumentos para atacar a modalidade laço esportivo tradicional, em Esmeralda – RS onde o laço começou como competição, o idealizador já falava “laço como esporte” e foi com esta ideia que lá começaram, e assim que estamos lidando (LAÇO ESPORTIVO TRADICIONAL DE BOTA E BOMBACHA) o desespero do Mtg é grande pois não representa os laçadores e sabe disto, agora querem desmoralizar dizendo que vai misturar tudo, bobagem desta gente que se acham donos da tradição, e se dizem inventores do laço o que é uma grande mentira.

Blog – O senhor acha que o MTG/RS não deu a atenção que deveria para o tiro de laço e assim acabou freando o crescimento do mesmo?
Cléber – Sem a menor sombra de duvidas, foi isto mesmo. Mas para dar bola tem que entender, e lá dentro quase ninguém sabe de laço, os que se dizem entendidos, são pessoas velhas ultrapassados e que nunca pegaram um laço na mão, poucas são as pessoas que entendem de laço lá, com raríssimas exceção. Estes se deixaram levar pela lavagem cerebral que aplicam nas pessoas.

Blog – O MTG/RS em uma atitude drástica e até repressora, tentando impedir os tradicionalistas de participarem de eventos da FGL chegou a colocar em cheque, quem participasse dos eventos da mesma? Como está a situação?
Cléber –  Até o momento só falam, mas como reprimir? Com que direito uma entidade privada pode mandar na vontade das pessoas? Vivemos num pais democrático “ou estamos em Cuba, China, Burundi” cadê a constituição? Rasgaram jogaram fora? Onde fica o direito de ir e vir do cidadão?  Estamos preparados para colocar eles na justiça, se derem por escrito punições a laçadores, locutores e juízes, porque são assim falam mas não escrevem o que dizem, querem punir sem dar por escrito, isto não existe, mas se acharem que tem este poder veremos judicialmente.

Blog – A estratégia do MTG/RS é usar sua consolidação e soberania. Até porque há mais de 40 anos ele está soberano cuidando de tudo que envolve a tradição, faz exatamente um ano que ganhou concorrência . Então usa seu vasto calendário de eventos como arma para amedrontar os seus filiados, “ou vai ou fica”? Como o senhor vê essa situação? E quais os direitos as pessoas tem de participar dos eventos que lhes desejarem, perante a justiça?
Cléber – Bom antiguidade não é posto! A idade não lhes da o direito de se adonar das coisas, das tradições feitas e mantidas, pelo costume do Gaúcho, que não foi eles que criaram, foi a vida, as lidas campeiras, as guerras por ideais, as lutas no sul do continente americano, seja ela tradição ou vontade outra qualquer, por este posto minha mãe com 94 anos, então deveria ser Presidenta da republica no lugar da Dilma “pois é mais velha por idade”, sendo assim esta soberania que dizem que tem por direito, para nós não vale nada, ” de que adianta ter 40 anos a entidade e ter uma rejeição de 100% no meio dos de pé no estribo” isto só mostra a incompetência que eles tem em lidar com o que não dominam.

Blog – O senhor já disse que não quer briga com ninguém, mais também não foge dela. Acha que dá para conviver passivamente as duas entidades no estado do RS, a exemplo da FCL e MTG/MS?
Cléber – Bem isto vai depender deles terem o entendimento e inteligência de saber que eles não podem fazer nada, temos uma entidade legalizada, com direitos e muito mais representativa no que nos propomos do que eles, pois a lei Pelé e bem clara neste ponto, somos os representantes do laço Esportivo no RS, queira eles ou não, isto é lei, sendo assim acho para o bem deles veja bem “deles” deveriam ficar quietos e tocarem seus projetos, e que vença, avance ou se mantenha quem tiver competência, mesmo porque eles não tem o que fazer a não ser ficar na deles.

Blog -Quais os projetos futuros para temporada 2014/2015 da FGL?
Cléber – Começamos em Agosto novo circuito 2014/2015 por Cachoeira do Sul e vamos até maio de 2015, formamos parcerias neste ano com á ABCCC e ABQM/RS criamos um RANKING de laçadores, para tirarmos quem são os melhores do Sul, deveremos crescer mais de 200% em 2014. Isto nos da o que temos hoje quase 7 mil associados, mais de 56 entidades registradas e com pedido de realização de eventos, e vamos alem deveremos investir tão logo após as eleições em PL que nos de o que de fato temos a representatividade dos homens do laço esportivo no RS.

Considerações finais de Cleber Vieira:

Acho que devemos saber na sociedade qual é nossa função representativa, temos hoje mais de 100 mil homens de á cavalo no RS, temos só na zona rural de POA mais de 20 mil cavalos encocheirados, temos este perfil de que é estes cavalos, mais de 200 canchas de treino de laço em POA, quem é os que treinam? respondo tudo urbano, pessoas que tem seus antepassados no campo, outros que nunca entraram num campo, mas que estão ai laçando nos rodeios, jovens, meninos e meninas que são totalmente urbanos, praticando o laço, competindo, isto não e esporte? Temos competições em todos os rodeios, isto não é esporte? Tem até lei federal onde reconhece o peão laçador como atleta .

LEI N.º 10.220, DE 11 DE ABRIL DE 2001

Institui normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Considera-se atleta profissional o peão de rodeio cuja atividade consiste na participação, mediante remuneração pactuada em contrato próprio, em provas de destreza no dorso de animais equinos ou bovinos, em torneios patrocinados por entidades públicas ou privadas.

Parágrafo único. Entendem-se como provas de rodeios as montarias em bovinos e equinos, as vaquejadas e provas de laço, promovidas por entidades públicas ou privadas, além de outras atividades profissionais da modalidade organizadas pelos atletas e entidades dessa prática esportiva.

Sendo assim amigos , eles que fiquem lá fazendo o que até hoje nos seus 40 anos fizeram pelo laçador e realizador de rodeios “NADA” se continuarem a achar que tem todo este poder de punir, proibir, multar, restringir, querem ser donos da vontade, só posso dizer azar o deles pois a federação veio para ficar e esta consolidada com homens de respeito, coragem, vontade, determinação, e sem medo desta gente e desta entidade atrasadas e retrógrada chamada MTG.

Cléber Vieira
Presidente
Federação Gaúcha de Laço

1 Comentário

Clique aqui para comentar

  • Prezado Cleber…Sou patrão de CTG e entendo como valida a Atuação da FGL. Contudo, quando você tem a oportunidade de divulgar e expandir seu trabalho num veiculo de comunicação não se limite a criticar seus opositores e dizer que eles (MTG) não prestam pelo fato de você (FGL) ser melhor, lendo sua entrevista não pude ver diferenças entre as Associações…#ficaadica…na próxima, nos apresente o que está sendo feito e o que pode fazer pela tradição, sem mágoas. Diogo Francisco Alves Maciel